27/07/2021
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou na última semana a nova edição do Boletim Covid-19 com dados sobre o impacto da pandemia de Covid-19 no setor de planos de saúde.
Nesta edição, o boletim revela novo aumento do número de beneficiários de planos de assistência médica, de acordo com dados preliminares relativos ao mês de junho, e mostra que a utilização de serviços de saúde no primeiro semestre de 2021, no geral, permanece abaixo do observado antes da Covid-19.
A relação entre receita e despesa das operadoras (sinistralidade) manteve-se em patamar similar ao período pré-pandemia e houve queda de queixas relativas à Covid-19 nos canais de atendimento da ANS.
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Oinformativo reúne indicadores assistenciais e econômico-financeiros coletados até junho de 2021 junto a uma amostra significativa de operadoras, que representam 74% do total de beneficiários em planos de assistência médica, e contempla ainda: a prévia da evolução do número de beneficiários em planos de assistência médica relativa junho, o número de exames relacionados à Covid-19 realizados pelos usuários de planos de saúde e demandas dos consumidores recepcionadas pela ANS através de seus canais de atendimento.
A queda de internações por Covid-19 foi observada tanto para leitos comuns como para UTI, e parece refletir o avanço da vacinação contra a Covid-19 no país, que em 14/07/2021 contava com 117.005.229 milhões de doses aplicadas (somadas a 1ª e 2ª doses), segundo dados do Ministério da Saúde.
A quantidade de consultas em pronto-socorro que não geraram internações também não sofreu variação em relação ao mês anterior, e continua abaixo do observado antes do início da pandemia.
Quanto à procura por exames e terapias eletivas (Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico - SADT), as autorizações emitidas para procedimentos de SADT em junho de 2021 ficaram acima do verificado em junho de 2019.
De maneira geral, o Boletim aponta que no primeiro semestre de 2021 não houve aumento de utilização de serviços de saúde no comparativo com 2019 (pré-pandemia). Os números seguem em patamar próximo (no caso de exames e terapias eletivas) ou em patamar inferior (no caso de internações e atendimentos em pronto-socorro).
Em junho, houve queda no número de reclamações relacionadas à Covid-19 registradas nos canais de atendimento da ANS. Foram 1.113 reclamações no mês e 1.280 reclamações em maio deste ano. Do total, 44% das queixas foram sobre exames ou tratamentos; 40% foram sobre outras assistências afetadas pela pandemia e 16% sobre temas não assistenciais (contratos e regulamentos, por exemplo). Com relação a temas gerais e relacionados à Covid-19, foram registradas nos canais de atendimento da Agência 16.306 reclamações, passíveis de mediação pelo instrumento da Notificação de Intermediação Preliminar (NIP). O número é 3,9% maior que o registrado em maio deste ano e 45,3% maior que o total de atendimentos feitos em junho de 2020. Importante destacar que a intermediação de conflitos feita pela ANS entre consumidores e operadoras tem resolvido mais de 90% das reclamações registradas nos canais de atendimento da Agência, tanto sobre temas gerais quanto as específicas sobre problemas relacionados à Covid-19. Também é preciso esclarecer que os números de reclamações NIP consideram os relatos de consumidores que cadastram suas queixas na ANS, sem análise de mérito sobre eventual infração da operadora ou da administradora de benefícios à Lei 9.656/98 e seus normativos ou aos termos contratuais.
Fonte: ANS
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Rangel da Silva
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