27/07/2021
O número de procedimentos médicos não realizados já supera 1 bilhão desde o início da pandemia de coronavírus no país, em março do ano passado, na rede pública de saúde do SUS.
A estimativa é do Conasems (Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde). Levantamento realizado em 2020 mostrou que até o fim de 2020 a demanda reprimida era de 1,1 bilhão de tratamentos ambulatoriais e hospitalares que deixaram de ser realizados por causa da prioridade dos casos de Covid-19. Só na oncologia houve uma redução de 60%.
“Estimamos que os procedimentos não realizados devam chegar a 1,6 bilhão neste ano, já que o cenário da covid-19 se agravou nos primeiros meses de 2021", afirmou Mauro Junqueira, secretário-executivo do Conasems. As cirurgias eletivas, aquelas que não são de urgência, estão suspensas, porque os medicamentes como relaxantes musculares, anestésicos e bloqueadores são prioritários para uso dos pacientes de covid-19 internados nas UTIs.
Junqueira explica que a partir do momento que houver uma maior diminuição de casos de internação por Covid-19, as atividades serão retomadas na rede de saúde. Segundo ele, a taxa de ocupação nas UTIs ainda é preocupante, na casa de 80%.
"Quando for diminuindo a internação e o número de pacientes entubados, obviamente a gente vai ter aí uma quantidade de medicamentos disponíveis que poderão ser utilizados nas cirurgias eletivas. Então a retomada será gradual dos atendimentos ambulatoriais e hospitalares", diz Junqueira.Com isso, vão voltar os tratamentos de prevenção, como exames de mamografias e de rotina. A diariarista Neildes dos Santos Campo, de 59 anos, está preocupada com o retorno das atividades no SUS. Ela conseguiu fazer a mamografia de rotina em janeiro, no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Mas a consulta para avaliar o exame foi marcada só para dezembro. "Se tiver alguma coisa grave, estou perdida, porque o médico só vai ver o exame 11 meses depois de ter sido feito", afirma.
Leia a matéria na íntegra no R7.
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Rangel da Silva
Presidente